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Na TV, "justiça" contra traição é recorde de audiência

O capítulo de Caminho das Índias da última terça-feira, 2/6, bateu recorde de audiência. Nele, o "traidor" Raul Cadore é abandonado por sua amante, Yvone. Convido você para um breve debate a respeito. Afinal, não é de hoje que os infiéis acabam se dando mal nas telenovelas brasileiras.

Um breve contexto

A cena que nos interessa tem início de modo lascivo, com um jogo erótico. Yvone - a amante - simplesmente larga Raul algemado à cama e o abandona, com toda a fortuna dele e rumo a um novo país. O comparsa de Yvone na trama destaca a crueldade da moça. Ela, diante do próprio ato, o justifica não com a ganância, mas explicitando de que o amante largou da mesma forma esposa e filha.




No mesmo capítulo, há cenas com imagens do casal composto pela ex-mulher de Raul com o ex-melhor amigo dele - que aparecem felizes e de casamento planejado.

O ato descrito não lhe faz pensar em uma oposição marido ruim/esposa vingada? É a mídia reforçando o que é um bom e um mau comportamento por meio do lúdico, do entretenimento. Isso remete também ao comportamento de Dedina, personagem da novela A Favorita. Após muitas (e muitas mesmo) "caídas em tentação" com Damião - seu amante, acabou morta com uma doença terrível. Ambos os traidores, Raul e Dedina, trocaram o amor pelo desejo. Os dois sofreram conseqüências. Nenhum dos dois "amava", tanto um como outro estavam "apaixonados".

Duas questões

Não sou a favor de traições, vale destacar. Mas não é complicado que veículos tão importantes como as telenovelas às vezes não tracem debates mais aprofundados sobre o tema? Não vale dizer que a produção segue a opinião do público, já que a audiência delas têm caído.

Há espaço para posicionamentos tão extremos junto ao público mais jovem, que tem encarado a afetividade e a sexualidade com tantas outras nuances?

Aguardo a sua opinião!

Alguns links em que me baseei para redigir o post:

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